domingo, 9 de junho de 2013

Participando do Concurso de Causos da ECT-Este está concorrendo...

Estando destacado para prestar a atividade de suporte administrativo, em uma das unidades operacionais de Porto Alegre/RS, uma grande unidade de entrega, comecei normalmente, com o apoio administrativo e a emissão de documentos, pertinentes à área.
No início, tudo sem muita novidade, até porque a atividade de suporte já era rotina nas unidades de onde vim.
Numa dessas operações, a rotina foi alterada, devido a problemas relacionados à entrega vertical (porta a porta) num grande edifício localizado no centro da capital.
O síndico daquele prédio, um representante dos condôminos e dois advogados, dirigiram-se ao centro de entregas, com o intuito claro de, baseados em leis e decretos, regularizarem de uma vez por todas, a entrega no Prédio-problema. Pretendiam que os carteiros efetuassem a entrega das encomendas diariamente, em cada um dos andares e salas do imenso prédio.
Recebidos na portaria da unidade, os integrantes do grupo, em número de quatro, exigiam ser atendidos pela gerência da unidade, que infelizmente estava participando de atividade externa.
Com a iminente preocupação sobre o desfecho, encaminhei os visitantes à sala do gestor e adiantei o assunto a um dos supervisores locais. Pressenti que deveria já deixar engatilhada, a Portaria Ministerial que regula a entrega em prédios com mais de um pavimento.
Reunião iniciada pelo supervisor e o grupo de representantes dos condôminos, percebi que os ânimos, de vez em quando ficavam exaltados pelos advogados, que insistiam em querer mover ação, mandar prender, mandar indenizar, etc.
Nisso, o supervisor que mediava a reunião, acenou-me para que comparecesse à sala. Imediatamente atendi a solicitação. No entanto, o fato que chamou minha atenção foi quando dei a volta na mesa e posicionei-me ao lado do supervisor que “dedilhava” a esmo, coisas no teclado, com o computador e o monitor desligados... Sem nenhuma luzinha acesa!
 A princípio, achei que era brincadeira. Afinal, como pretendia imprimir alguma coisa com o equipamento desligado?
Ato contínuo, com uma segurança das palavras, entoou:
- Estou verificando aqui, a legislação postal e estou mandando daqui desta máquina, para imprimir, a Portaria Ministerial que regula a entrega vertical. O senhor poderia apanhar na impressora, estou imprimindo quatro vias!...
Entendi a mensagem, corri para a sala do suporte e imprimi quatro vias da Portaria solicitada...
Os visitantes, visivelmente mais calmos, despediram-se e foram embora.
Até os dias atuais, o prédio e seus representantes continuam com a entrega restrita....Ninguém mais reclamou, e os condôminos continuam ter de aguardar para retirar as encomendas na unidade. Graças à Portaria “impressa” pelo supervisor...
Até hoje, comentamos o episódio, que já virou uma lenda na unidade...Computador desligado ajudando  a acabar com uma reunião tensa, e pondo ordem, sem nenhuma contestação...

Onésio Paz Soares

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