domingo, 7 de julho de 2013

Crise de Eike afeta fundo dos Correios

O Postalis aplica 7,98% de seu patrimônio em ações, o equivalente a R$ 613 milhões diário sp
 
A crise no império de Eike Batista deve afetar o resultado financeiro do fundo de pensão dos funcionários dos Correios, o Postalis. Com patrimônio de R$ 7,68 bilhões e um déficit de R$ 985 milhões em conta nos últimos dois anos, devido à elevação da expectativa de vida de associados e à queda dos juros, o fundo concentrou cerca de 20% de suas aplicações em Bolsa em papéis das empresas do grupo EBX.
O Postalis aplica 7,98% do seu patrimônio em ações, o equivalente a R$ 613 milhões. E as empresas de Eike respondem por R$ 127,5 milhões.
A atual administração do Postalis, 14maior fundo de pensão do país, defende sua gestão. Em nota, informa que a decisão de investir nas empresas do grupo EBX foi de um gestor terceirizado, e não da direção do fundo.
“O gestor optou pelo investimento por levar em consideração premissas que indicavam ser aquele um bom investimento à época (setembro de 2011)”, informa o texto, sem identificar o gestor.
O fundo alega ainda que as possíveis “perdas” só poderiam ser consideradas se o gestor, contratado por ele, tivesse vendido as ações em período de baixa — o que, no jargão do mercado, significa “realizar o prejuízo”.
O fundo acrescenta que existe um “horizonte” de alta para o investimento, que foi feito visando um retorno de longo prazo. Para isso, cita que as empresas de Eike, como a MPX, onde está investido a maior parte dos recursos, estão sendo capitalizadas “o que representa um indicador positivo”.